Sertanejo

O som dos cascos no cascalho
ressoa pelo cerrado
Os ângulos tortos das árvores
ocupam minha visão
E a boca seca de terra,
anseia por um riacho
Mas sinto o cheiro de chuva,
e a úmida sensação.

E quando penso que me perdi
eu acho uma trilha pelas touceiras
E a chuva cai e eu embaixo,
nem tento me esconder
escorre e pinga pelo chapéu,
molha minhas esteiras.

Eu sorrio e agradeço a Deus
e à Virgem, minha mãe
por não me deixarem morrer de sede,
Por me atalharem pelos campos perdidos
E reviverem o verde,
depois de tanto suplício

 

lucastamoios

 

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